IFF/Fiocruz promove aula inaugural da área de Educação com presidente da Capes

 

A área de Educação do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) promoveu, em 4/3/24, a aula inaugural “Perspectivas da Educação Superior Brasileira e sua inserção internacional” com a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (Capes), membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Medicina do Rio de Janeiro (AMRJ), Denise Pires de Carvalho.

O evento foi conduzido pelo coordenador do IFF Digital do Instituto e membro da Assessoria Pedagógica, Thiago Constancio. A mesa de abertura foi composta (da esquerda para a direita) pelo coordenador de Educação do IFF/Fiocruz, Zilton Vasconcelos; pela Vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Cristiani Machado; pelo diretor do IFF/Fiocruz, Antonio Meirelles; e pela coordenadora de Educação do Instituto, Carla Trevisan.

Mesa de abertura


No início da aula inaugural, Denise informou que nos últimos 10 anos houve um aumento de universidades públicas, como Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), Instituição de Ensino Superior em Marabá - Pará (UNIFESSPA), Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), Universidade Federal de Catalão (UFCAT) - GO, entre outras. “Apesar do aumento de universidades no Brasil, muitas delas possuem um baixo número de alunos por serem em áreas isoladas. Para continuar o aumento de alunos matriculados é necessário aumentar o tamanho do campus e, para isso, elas precisam estar incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, analisou ela.


A aula aconteceu na modalidade on-line (Foto: Rayssa Quites)


Com a chegada dessas novas universidades, houve um aumento na quantidade de graduados, onde pessoas entre 55 e 64 anos ocupam 15% da população com graduação, diferentemente da população mais jovem que está entre 25 e 34 anos e ocupa 23% da população graduada. “Isso gerou um número maior de pessoas que fizeram educação superior, mas embora tenha tido esse aumento, a média que é vista nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 47%, enquanto no Brasil esse número é 24% mais baixo”, contou Denise.

Denise pontuou que de acordo com as pesquisas, o número de vagas de graduação entre alunos de 18 a 24 anos não serão suficientes para alcançar a média da OCDE. “Quando nós olhamos o número de vagas com relação às pessoas de 18 e 24 anos em todas as regiões do país, e aqui estão vagas públicas e privadas com esse número de vagas, nós não daremos o salto necessário para chegarmos a 47% da população com graduação, que é o que é fundamental para que nós estejamos bem com relação aos países desenvolvidos do mundo”.

Um ponto que requer atenção é a evasão na graduação, pois a média de pessoas que não concluem o ensino superior é bem expressiva. "A forma para resolver esse problema é não só aumentar a quantidade de vagas, mas garantir a permanência estudantil, e um dos meios é divulgar as bolsas para indígenas e quilombolas. Para isso, é necessário ter orçamento suficiente, como foi feito no Stricto Sensu, que após o investimento gerou mais conhecimento, ampliando vagas para as universidades e nos programas de mestrado e doutorado, contribuindo para o Brasil se desenvolver igualmente".

A palestrante convidada também abordou temas como a internacionalização, que é algo muito visado pela Capes. São oferecidos vários programas institucionais com a intenção de que o Brasil se torne um país com maior desenvolvimento e focado para que o conhecimento seja disponibilizado para todas as regiões. E, além de enviar estudantes brasileiros para o exterior, a Capes também preza por trazer estrangeiros para o Brasil de forma que o país possa melhorar a educação.

Ao final do evento, aconteceu uma discussão dos temas debatidos que foi mediada pela coordenadora de pesquisa do IFF Fiocruz, Andrea Zin, e realizada pela coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PPGSCM) do IFF/Fiocruz, Ivia Maksud; pela coordenadora adjunta do Mestrado Profissional em Saúde da Criança e da Mulher (MPSCM) do Instituto, Daniele Moraes; e pelo coordenador de Pesquisa do IFF/Fiocruz, Saint Clair Gomes, representando a coordenação do programa de Pós-graduação à Pesquisa Aplicada a Saúde da Criança e da Mulher (PPGPASCM).

Da esquerda para a direita: Ivia Maksud, Daniele Moraes (ao centro) e Saint Clair Gomes

O salão do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ao lado do IFF/Fiocruz, estava lotado


Para assistir ao evento na íntegra, clique aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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