No último dia 21/3, em alusão ao mês de comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, a Sessão Clínica trimestral da Fisioterapia do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) apresentou o tema "Sintomas de Trato Urinário Inferior em Mulheres - Impactos Ocupacionais", abordado pela fisioterapeuta em Saúde da Mulher do IFF/Fiocruz, Verônica Silveira. Estiveram presentes os fisioterapeutas do Instituto, em sua maioria mulheres, que puderam dirimir dúvidas e buscar entendimento da questão, sobretudo as que se aplicam ao trabalho cotidiano.
Os sintomas de trato urinário inferior são alterações das funções de armazenamento e esvaziamento da bexiga. Eventos, como aumento da frequência urinária noturna e diurna, incontinências e urgências urinárias e/ou dificuldades durante a micção, podem atingir até 82% mulheres. Por conta do constrangimento, esse quadro pode impactar negativamente a produtividade em ambiente de trabalho.
“Estudos recentes realizados com trabalhadoras de diversas áreas (profissionais de saúde, em sua maioria) citam a adoção de hábitos postergadores da micção e a redução da ingestão de água como fatores de risco para o surgimento dos sintomas. A população estudada relata que condições de higiene e localização do banheiro são os principais motivos que as levam a adotar esses hábitos. Além disso, ambientes de trabalho estressantes com impactos diretos em níveis de ansiedade e depressão também podem estar correlacionados à piora dos sintomas”, informou Verônica.
A presença de um ou mais sintomas de trato urinário inferior podem estar ligados à problemas de saúde, como Síndrome da Bexiga Hiperativa, Infecção Urinária, Síndrome da Bexiga Dolorosa, entre outras. “O tratamento inclui a adoção de hábitos saudáveis, como ingestão de água adequada, redução do consumo de cafeína, perda de peso e cessação do tabagismo/etilismo. Nesse sentido, o acompanhamento com equipe multidisciplinar composta por uroginecologistas e fisioterapeutas especialistas em saúde da mulher é essencial para a manutenção do bem-estar e melhora clínica dos sintomas apresentados”, explicou a fisioterapeuta.
Sessão Clínica reuniu fisioterapeutas do IFF/Fiocruz
