IFF/Fiocruz promove debate sobre Mulheridades

 

O Núcleo de Equidade, Diversidade e Políticas Afirmativas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) realizou, dia 27/3, a mesa-redonda “Mulheridades: conquistas e lutas”, em comemoração ao mês das mulheres. O debate mobilizou uma expressiva plateia, com cerca de 70 pessoas presentes, que teve a oportunidade de conhecer mais das memórias e vivências das convidadas. Na ocasião, cada uma compartilhou um pouco dos seus lugares como mulheres, destacando as trajetórias sociais que construíram no trabalho, ativismo e representação política.

A atividade, realizada no Centro de Estudos Olinto de Oliveira (CEOO) do Instituto, teve como debatedoras: Gislana Monte Vale, mulher cega, negra, escritora, poeta, pesquisadora, doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrante do Grupo de Trabalho (GT) de Acessibilidade Cultural da Fundação Nacional de Artes (Funarte); Marina Maria, mulher negra, jornalista, integrante do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa/Fiocruz) e do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher (PPGSCM) do IFF/Fiocruz; Barbara Aires, mulher trans, ativista travesti, consultora de Gênero e Diversidade, comunicadora e educadora social e secretária da Cedipa/Fiocruz; e Karin da Costa Calaza, professora titular e Coordenadora de Pós-graduação em Neurobiologia da UFF, cientista do Nosso Estado e Vice-presidente da Comissão Permanente de Equidade de Gênero da UFF.

Karin Colazza iniciou, apresentando as barreiras relacionadas ao chamado “Viés Implícito”, ressaltando o quanto a discriminação e as barreiras à diversidade são aprendidas e reforçadas por processos sociais. Ela enfatizou a importância de enfrentar tais mecanismos com a organização em prol da afirmação da diversidade de mulheres e meninas.

Em seguida, Marina Maria destacou sua trajetória como mulher negra e suas inserções na Fiocruz, que articulam a participação no Comitê Equidade de Gênero e Raça da instituição, Comitê Fiocruz pela Acessibilidade e Inclusão das Pessoas com Deficiência, e, hoje, sua lotação como coordenadora adjunta na Cedipa/Fiocruz. Ela ainda acionou suas memórias de afeto e luta, marcadas também por espaços de formação, ativismo e educação.

Já Gislana Monte retomou em sua apresentação o seu caminho como mulher, trabalhadora, referência na acessibilidade cultural, reforçando que precisamos afirmar a presença da diversidade relacionada à deficiência na perspectiva da interdependência. Segundo ela, essa interdependência nos constitui e só existimos porque outros e outras nos constituem.

Por fim, Barbara Aires apresentou ao público as lutas e desafios enfrentados por mulheres travestis e trans no dia a dia, lembrando ainda de marcos importantes para o movimento trans. Ela enfatizou a necessidade de reafirmar direitos cotidianamente de forma a não excluir e reforçar estigmas em relação à população trans.

O evento contou com a presença de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a partir do apoio da Coordenação Geral de Educação da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/Fiocruz) e da Cedipa/Fiocruz, em acordo com as políticas institucionais de acessibilidade.

O debate mobilizou uma expressiva plateia, com cerca de 70 pessoas presentes, que teve a oportunidade de conhecer mais das memórias e vivências das convidadas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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